segunda-feira, 16 de abril de 2012

O SISTEMA - NEM TUDO PARECE O QUE É 2


Na primeira parte deste post, refletiu-se sobre as intenções do sistema, que este, em si mesmo não é um fim. O fim último dos mentores (ou meros prossecutores) do sistema seria ganhar e lutar contra a hegemonia do Benfica, cujo poderio (potencial económico e capital vitorioso, frutos da sua história e refletidos num esmagador domínio territorial) não havia forma de contrariar.







2010 - 1
Durante mais de 30 anos, o sistema serviu os seus fins mais básicos. Permitir ao FCP crescer, ganhar, e diminuir, em sentido contrário o poderio benfiquista (económicamente e desportivamente). Mas, em 2010, após 30 anos de esmagador domínio, e após alguns laivos de ameaças (processo apito dorado) e já sob a sombra da negociação dos direitos televisivos do SLB, eis que o Benfica surge, vitorioso, com uma onda incrível de apoio a lembrar que o gigante estava só adormecido.
Como complemento a esta, já de si, preocupante ocorrência, o Fókulporto fica de fora da champions. De um momento para o outro, todo o "trabalho" de 30 anos ficava em causa e o SLB não só recuperava a autoestima, não só se colava ao fcp como também ameaçava descolar.
De imediato, o dito sistema, utilizou o seu plano de contingência, fazendo uso de uma das  armas à sua disposição (a Oliverdesportos).

  • Renovação do contrato com a Oliverdesportos antes do tempo
  • Valor do contrato bem acima do anterior e triplicando o ainda em vigor com o SLB
  • Encaixe financeiro imediato
  • potencial de receita para os próximos anos aumentado, com o consequente benefício para acesso ao crédito
  • E, a cereja em cima do bolo, colocando uma cláusula extra que "obriga" a oliverdesportos a manter os valores a pagar num minímo de  80% de qualquer valor acordado com o SLB.

Uma época sem champions, mas com o financiamento necessário para garantir esta época e com a segurança minima para impedir a descolagem a curto prazo do SLB.

2010 - 2
Mas, ainda assim, para a época que se iniciava e a médio prazo, o SLB ameaçava manter e estender o seu domínio desportivo. Estabilidade , poder finaceiro, uma equipa que se mantinha na sua quase totalidade (esqueleto) e uma onda positiva, poderiam comprometer essa e as próximas épocas desportivas e criar as condições para que o contrato televisivo fosse revisto bastante em alta (o que poderia colocar em causa a própria sobrevivência da Oliverdesportos... um dos pilares básicos do sistema). A adicionar a tudo isto, o poder institucional e da arbitragem estava prestes a mudar-se da liga para a federação. O sistema, reativo e expedito não deixou nenhuma destas ameaças a curto prazpo por maõs alheias e tomou as seguintes medidas:

  • garantir que o campeonato nacional não escapava, através da aplicação de uma pressão extra das arbitragens no incício da época (o que consegui com resultados que nem eles próprios pensavam que poderia ser possível)
  • promover uma passagem de poder suave da liga para a federação, garantindo que os status quo se mantinham (o que consegui através dos sucessivos adiamentos fruto da aliança entre a AF Porto e Braga, levados até ao limite, mas impedindo que uma nova estrutura começasse a funcionar antes de estar tudo devidamente organizado e preparado (como um transplante de um cérebro de um corpo morto para um jovem corpo).


2010/11/12 e por aí adiante

Mas estas medidas não passaram de meras reações para estancar os rombos no casco e bombear a água para evitar o naufrágio. Ao mesmo tempo que eram aplicadas, e ainda em 2010, foi elaborado e colocado em prática um plano de fundo. Este plano visava, de uma vez por todas, segmentar e tornar estanque o país ao benfiquismo, e acabar com o potencial de base que torna o benfiquismo tão ameaçador para qualquer tipo de adversário, mesmo que este adversário esteja num papel dominante há tanto tempo. A dimensão do benfiquismo. É aqui que entra a regionalização, é aqui que entra o Braga, é aqui que entram os benfiquistas (também eles fundamentais para que o plano tenha sucesso). Pontos chave do plano (ainda em execuçãoo):

  • Potenciar um clube de uma outra grande cidade de modo a este entrar nas contas pelo título. Escolheu-se a cidade de Braga, baluarte benfiquista.
  • este potenciar seria feito através da arbitragem e através de empréstimos de jogadores
  • aumentar a autoestima e o sentimento de pertença dos adeptos e cidadãos ao clube e à região
  • Aumentar a pressão na defesa dos interesses locais, colocando os não arsenalistas como inimigos da região (cenas de violência contra adeptos benfiquistas começaram a acontecer um pouco por todo o país)
  • usar as claques organizadas para criar um ambiente de terror nas deslocações do benfica ao norte, em especial em braga. 
  • Tornar em pesadelo as deslocações da equipa (como se fossem à turquia) ao norte e colocar os adeptos benfiquistas(não organizados em fações violentas ou claques)dessas regiões em cheque, com medo de se expressarem
  • finalmente, esta onda de ódio e violência começaria a afetar os benfiquistas do sul e de lisboa.
  • a levá-los a separarem o benfica do norte 
  • em último caso, a levar a que atitudes identicas sejam perpretadas aquando da receção em lisboa de adeptos e equipas dessas regiões
  • levando a que a espiral de violência e sentimento de ódio regionalista fique mais entranhado nas gentes que estiveram no inicio da espiral a norte
  • levando a que os neutros tb sejam apanhados nessa espiral
  • levando a que os benfiquistas dessas regiões, sem argumentos, fiquem isolados e silenciados
  • levando a que a produção de novas gerações de benfiquistas  nessas regiões fique reduzida a uma margem residual
  • e, finalmente, reduzidos a uma mera dimensão regional, não seríamos mais uma ameaça no que concerne a potencial económico
  • sendo que a dependência do falível e e perecível sistema dos corruptos diminuiria
  • preparando o futuro, sem PC e sem esta geração de dirigentes corruptos


Compete-nos a nós, benfiquistas evitar que isto aconteça. Somos uma forma de estar na vida, representamos o povo, ricos e pobres. Não somos bandeira de uma região nem representamos algum estrato social.

Temos chama na alma que arde incessantemente em vermelho flamejante!

Somos pelos injustiçados  e por eles tb se levantam as nossas vozes!

Não conhecemos fronteiras ou barreiras, pois o espírito é o nosso veículo!



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